sábado, 20 de novembro de 2010

Novembro


O mês de novembro é como ser vice, não manda nada.
Ninguém faz nada em novembro, nada acontece, tudo fica em stand by até dezembro, ai sim a coisa pega fogo.
Em novembro ninguém se casa, pois o tempo é muito instável;
Não se compra nada, pois esperamos as ofertas de dezembro;
Não agendamos nada, porque não sabemos se estaremos de recuperação da facul;
Novembro é o limbo do ano, é o mês em que ingressamos no horário de verão reclamando dele, para entrar em dezembro, aproveitando-o.
Novembro só se faz conjecturas, não se decide nada. Ficamos como que segurando a respiração até chegar dezembro com suas cores, o natal, o final do ano, as festas... o tudo e novembro fica para trás com o seu nada.
Não agendamos nada, porque não sabemos se estaremos de recuperação da facul;
Novembro é o limbo do ano, é o mês em que ingressamos no horário de verão reclamando dele, para entrar em dezembro, aproveitando-o.
Novembro só se faz conjecturas, não se decide nada. Ficamos como que segurando a respiração até chegar dezembro com suas cores, o natal, o final do ano, as festas... o tudo e novembro fica para trás com o seu nada.

Os presidentes que terminam os mandatos em dezembro não iniciam projeto nenhum em novembro, pois sabem que não vão ficar com os louros.
Ninguém faz greve, tá todo mundo cansado, de saco cheio e não vê a hora de chegar dezembro, festejar, terminar o ano e sair de férias, para ai sim, voltar renovado e fazer uma boa greve em março.
Novembro é como uma cena constrangedora, a gente não sabe como se portar, fica enrolando as mãos e pensando em algo para dizer ou fazer e não sai nada.
A conversa em todos os lugares é sempre a mesma:
- Nossa! Já estamos em novembro, um pulo e estaremos em dezembro. Ninguém enxerga novembro, ele é um vulto que passa assombrando a todos que querem ficar jovens, pois depois dele passar, o ano termina e a contagem é regressiva.
A não ser podar rosas, não lembrava mais nada a fazer em novembro ai resolvi pesquisar para ver se dava um up no mês. Desencavei uma curiosidade, pois segundo os entendidos, embora possa ser semeado em qualquer época do ano é em Novembro a grande tradição na sementeira do alho. E pensando no quanto gosto de bife com alho, macarrão ao alho&óleo, brócolis com alho&óleo pelos menos acharam uma boa desculpa para existir o tão malfadado mês.
Falo isto porque já estava me perguntando por que o coitado existia e coisa e tal, mas ai vá lá que seja. Fica valendo pela pôda das roseiras que depois florescem em seu esplendor e o bom e querido alho. Se você souber de mais alguma coisa boa de novembro me avisa, que repasso aos leitores. Até dezembro, tchau!!!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Encontro das Manas

Não é de hoje que nossas vidas estão neste corre-corre desgraçado, e nos dando conta que com isto nos víamos muito pouco, eu e minhas 5 irmãs resolvemos a alguns anos atrás, instituir o dia do "Encontro das Manas". Nestes encontros penetras não entram, e as irmãs se possível venha sem os filhos. E se os fedelhos realmente tiverem que vir, que sejam orientados convenientemente a não rir de nós, não se meterem nas conversas, e muito menos convidar para ir embora, pois pega mal e em troca receberá 6 par de olhares felinos dirigidos à sua pessoa.
O caldo entorna quando o encontro acontece na dita casa que tem pentelhos, como por exemplo a minha, mas nada de pânico. Isto é resolvido com muita democracia e calma. FIQUEM LONGE DA SALA E SÓ APAREÇAM QUANDO EU CHAMAR, e pronto. Os anjinhos somem pelo corredor e se trancam em seus casulos até a saída das visitas, é bárbaro. E quem acha que isto é um absurdo, que são coitadinhos, e etc que venham me ajudar todos os dias, na luta titânica que travo para tirá-los dos ditos casulos (quarto/computador/TV/DVD), para que venham bater um papo com a gente.
Bom, mas voltando ao dia das Manas é o seguinte, já teve várias modalidades. 
Iniciamos com encontros casuais marcados sem compromisso, depois não lembro quem teve esta  ideia de jerico,mas inventamos de fazer um concurso de quem receberia mais originalmente as outras em sua casa, foi uma loucura. Teve até uma que contratou personal trainer para nos dar um olé durante o encontro, pôde? Mas findados dois anos, a ideia que a principio era boa foi cedendo a inveja e uma e outra começou a dizer que assim não dava.
Dai surpresa! mais uma ideia de jerico, aliás somos boas nisso. Fizemos o concurso da melhor comida, esta foi demais. As 6 se mataram já na largada só para fazer o sorteio, pois claro que as últimas poderiam, vendo como as demais tinham se saído, melhorar a sua performance. Mas este não foi o pior, no decorrer dos meses as que acharam que já tinham perdido começaram a fazer campanha por uma outra e ai o caldo entornou, resultado, ficamos um bom tempo sem encontros das manas.
Teve um outro ano em que foi feito uma agenda prévia do ano todo, com datas já acertadas para os encontros e onde eles ocorreriam, a maioria não saiu e só aconteceu as de improviso. Depois passamos por fazer  encontros próximo ao aniversário de cada uma, pois reclamava-mos que nas festas não dava para botar o papo em dia. Foi um desastre, as discussões começaram em torno: o que dar? para quem? e o que? findando em encontros chatos e desagradáveis pois estavam previamente estabelecidos com datas, e coitada de quem faltasse, "obviamente era o nome da vez".
Os incidentes e percalços se dão tudo por e-mail, quando as 6 se encontram é só festa, ninguém lembra dos recados encardidos, rimos, nos abraçamos, comemos, choramos, reclamamos dos filhos, maridos, cachorros, gatos e papagaios e sempre nos despedimos reclamando porque fizemos tão poucos encontros das manas, se é tão bom assim.
Amo todas as minhas irmãs e de nossas diferenças aprendo: o que fazer mais; o que nunca fazer.
Hoje aprendemos que somos importantes umas para as outras e resolvemos parar de cobrar presença cativa em todos os encontros, não agendamos nada previamente e deixamos de lado os concursos para dar mais tempo para o bate-papo solto, que é o que nos une.
Assim, quando uma acha-se disponível manda e-mail para as demais convidando para dia tal, tal hora e quem puder vai, quem não puder lamenta,pois vai perder um "Encontro das Manas" que é o nosso fluido de amor.